sexta-feira, dezembro 16, 2011

Costumes: Gravata anti-ecológica!

Imagem: Jornal Zero Hora, Porto Alegre, Edição 16.12.2012, p. 32
Para quem precisa valer-se de vestimentas mais formais na execução do trabalho em um país tropical como o nosso, especialmente no meu caso que enfrento um legítimo calor senegalês no verão de Porto Alegre, parece haver alguma esperança de melhor conforto no horizonte!

Pois sob bandeira de economia de energia e bom senso no uso das vestimentas durante o verão, o Governo do Chile está sugerindo a abolição do uso da gravata nos escritórios do país durante a estação mais quente do ano, quando a média da temperatura na capital Santiago fica nos 30ºC.

Ora, isto é moleza perto dos picos de calor na capital gaúcha, quando a conjunção de altas temperaturas com a umidade não raro chega a registros acima dos 40ºC. Em fevereiro do ano passado Porto Alegre registrou 41,3ºC (!!) sendo uma verdadeira tortura absolutamente non sense ser obrigado a vestir paletó e gravata em determinadas situações de trabalho sob um calor escaldante como este.

Mas afinal, para que mesmo serve a gravata?

Certa vez um amigo me disse que foi inventada para esconder os botões da camisa mas acho que serve mesmo é como um irresistível imã para respingos de molho e como mais um motivo de stress na hora de se vestir. Afinal, já não chegam os abacaxis do dia-a-dia, ainda há que saber se a moda do dia é a gravata com listras ou sem, com nó encorpado ou fino, gravata estreita ou larga, curta ou comprida, com tons pastéis ou lilases?

E isto para não falar de muito cara por aí que pena acertar o nó da gravata... Eu, por exemplo, só fui aprender já bem graúdo durante o serviço militar.

Quem sabe agora, sob a justificativa politicamente correta da economia de energia, se conquiste algum avanço nos costumes sociais concedendo um pouco mais de conforto à classe masculina nos sufocantes meses de verão no nosso Brasil tropical!

E confiram abaixo a notícia da Zero Hora...

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Chilenos dizem não à gravata


A fim de economizar energia, governo sugere que acessório deixe de ser usado em escritórios durante o verão no país.

Dispensar o uso de gravata no verão já seria um alívio por si só, tendo em vista o sufoco que é passar o dia com o nó apertando o pescoço. No Chile, o tema virou assunto de Estado. E por uma outra razão: as autoridades estão incentivando os homens a deixar de usar gravatas para economizar energia.

A previsão é de que a temperatura se mantenha acima dos 30ºC durante o verão chileno, aumentando consideravelmente o uso de ar-condicionado. O ministro de Energia, Rodrigo Alvarez, diz que a medida deve ajudar a reduzir o uso do aparelho, gerando economia de eletricidade Ele gravou até um vídeo oficial com outros ministros retirando a gravata e pedindo que os chilenos façam o mesmo.

Segundo Alvarez, deixar a temperatura de um escritório aumentar entre 1°C e 3°C pode reduzir o gasto de energia em cerca de 3%. Em um comunicado, ele estimou que, se os setores público e privado implementarem a medida entre janeiro e março, a economia pode chegar a US$ 10 milhões (R$ 18,7 milhões).

– Essa medida ajudará a eficiência energética do país – disse o ministro.

Alvarez também incentivou a população a reduzir o consumo de energia em casa, por exemplo, desligando aparelhos eletrônicos que não estão sendo usados. A produção de eletricidade no Chile durante o verão é sempre limitada, já que o calor reduz o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

Fonte: Jornal Zero Hora, Porto Alegre, Edição de 16/12/2011, página 32

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Canionismo: Discovery Channel poderá reconstituir resgate no Rio Grande do Sul

Foto Adriana Franciosi - Jornal Zero Hora. Veja o detalhe do helicóptero no canto superior esquerdo da imagem.
 
Durante o  feriado de Carnaval de 2010 houve um acidente bastante sério com uma equipe de canionistas na região de Maquiné/RS, e que relatei aqui no Blog Terra Australis (vide links abaixo).
 
Na ocasião o mineiro Juliano Romancini ficou ferido em estado grave depois de ser atingido por uma pedra, mobilizando no socorro seus colegas canionistas e uma equipe de resgate aéreo do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar gaúcha.
 

Rafael Britto, canionista da Associação Cânions da Serra Geral - ACASERGE que participou do resgate e o helicóptero MD 530E do GPMA. Foto Adriana Franciosi - Jornal Zero Hora
 
Depois de uma operação de resgate muito arriscada e complexa, Juliano foi hospitalizado com sério risco de vida e precisou de um longo período para restabelecer-se. Hoje, depois de muito esforço, coragem e força de vontade, está perfeitamente recuperado e já de volta às atividades de canionismo.

Pois nestes dias eu soube que este fato está sendo pesquisado por equipe do Discovery Channel para um possível episódio da série "Viver para Contar", produzida pela Conspiração Filmes, do Rio de Janeiro.

Sem dúvida trata-se de um bem sucedido case de eficiência, coragem e preparo técnico da equipe de canionistas que acompanhava Juliano Romancini e que, ao final, junto com o corpo de resgate aéreo do Corpo de Bombeiros gaúcho, foram os responsáveis imediatos para que esta história tivesse um final feliz.

Agora é esperar para ver se o documentário será mesmo produzido pelo Discovery Channel.

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SAIBA MAIS SOBRE O TEMA AQUI NO TERRA AUSTRALIS:

- 15/02/2010: Canionismo/Resgate (I): Detalhes do salvamento em Maquiné/RS

- 17/02/2010: Canionismo/Resgate (II): Detalhes do salvamento em Maquiné/RS

e também

- Helicóptero do GPMA resgata homem ferido em Maquiné/RS ao fazer rapel (atualizado), de 15/02/2010